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The Weeping Woman, 1937 by Pablo Picasso

FONTE PERFIM NEWS / POR Foto: Reprodução/ Liora K. Disponível em:  http://www.newsderv.com.br/ pg.php?id=884&titpg =mulheres-como-elas-sao

                                   RÔMULO: ENTRE CLÉRAMBAULT E LEMOINE                                           Rômulo Ferreira da Silva

 

   Ao ser convidado para este evento, imediatamente fiz duas associações: Gaëtin Gatian de Clérambault e Genie Lemoine.

  Clerambault foi um importante psiquiatra francês, considerado por Jacques Lacan seu único mestre em psiquiatria. Viveu de 1872 até 1934, quando se suicidou em frente ao espelho com um tiro na boca. Estava rodeado de manequins e seus modelos de drapeados.

Ele descreveu quadros psiquiátricos graves nos quais as mulheres apareciam com profundo apego aos tecidos, principalmente a seda. Tal apego as levava a cometer delitos ao tocar e roubar os tecidos. LEIA MAIS...

                          UM CORPO DE MULHER, DA IMAGEM AO GOZO

                                                    Heloisa Caldas 

 

 Agradeço muito ao Diretor da EBP-SP, Rômulo Ferreira da Silva, por este convite, assim como aos colegas aqui presentes, pela atenção.

  O título que me foi proposto – corpo de mulher – me deixou, a princípio, muito alegre. Não poderia dizer o porquê, mas parecia tão simples falar disso. Mas a ilusão de que não seria difícil tratar do assunto, durou poucos minutos. Em seguida, angustiada, sinal de que meu corpo é sensível ao enigma do desejo do Outro, acalmei-me com as indicações bastante conhecidas de Freud e Lacan sobre a mulher: “O que quer uma mulher?”, pergunta um, na aurora da luta feminista do século; “A mulher não existe”, declara o outro, acirrando mais ainda o debate. LEIA MAIS...

RASTROS DEIXADOS PELA PASSAGEM (DO CORPO) DE MARINA ABRAMOVIC POR SÃO PAULO

Fabiola Ramon

(correspondente da Seção São Paulo da EBP)

 

  “Na ocasião de minha morte eu gostaria de receber a seguinte cerimônia em minha homenagem: três ataúdes. O primeiro ataúde com o meu corpo real. O segundo ataúde com uma imitação de meu corpo. O terceiro ataúde com uma imitação do meu corpo. [...] Após a cerimônia, haverá um banquete com um grande bolo feito de marzipã, na forma e aparência do meu corpo. Quero que o bolo seja distribuído para as pessoas presentes ”

 

(Marina Abramovic. In: Quando Marina Abramovic Morrer)

 

  A exposição Terra Comunal – Marina Abramovic + MAI ocupou completamente o SESC Pompeia, em São Paulo, de março a maio deste ano. Além de uma retrospectiva com obras seminais da carreira da artista, incluindo instalações... LEIA MAIS...

Resenha: Capítulos dos Seminários 19 e 23

Sílvia Sato

(membro da EBP/AMP)

 

  A noção de Corpo de Mulher poderia ser tomada como algo claro, se não fosse tema de uma Jornada Psicanalítica, o que nos exige situar o corpo e a mulher para podermos falar de um corpo de mulher. Indo além da marca da ausência do pênis, que permite a inscrição de uma falta na imagem do corpo, esta resenha visa localizar, em duas partes de dois seminários de Lacan, a particularidade do gozo de uma mulher, na relação com a castração e com o real. LEIA MAIS...

 

 
Dora Maar: Ser a mulher chorando de Picasso ou o problema de não ter um corpo para adorar?
Blanca Musachi

 No artigo El amor al Un-cuerpo1, Olga de Molina fazendo referência a Shiatzo, o grande pintor do século XVII, diz que o corpo do pintor está na pressão de sua mão em cada traço. O recurso da pintura em Dora Maar, amante e musa de Picasso, poderia se pensar tal como sugere a autora, como uma tentativa de restituição da consistência do corpo que caíra uma vez que perdera o olhar amante no deserto da devastação. LEIA MAIS...

 

 

 

Textos

Resenha: Laurent, D. “A origem do mundo e seus semblantes”.

(In: Papers 6 - Boletim Eletrônico do Comitê de Ação da Escola-Una - 2009-2010)

                                              Claudia Aldigueri

 

  No texto, “A origem do mundo e seus semblantes”, Dominique Laurent escolhe como eixo de articulação a arte - “armadilha do olhar” -, fazendo um passeio que começa com Praxíteles com a representação do primeiro corpo feminino nu, na Grécia antiga, passando pelas mulheres desnudas nas pinturas de Courbet, Giorgone, Goya, Tintoretto, Tiziano, culminando com “O êxtase de Santa Teresa”, de Bernini, intensamente trabalhado no Seminário 20, Mais,ainda. Longa trajetória, na qual Dominique tenta responder o que essas representações do corpo da mulher tornam visível e mantêm invisível ao olhar do observador – o visível fálico e o invisível feminino, o invisível de seu gozo. LEIA MAIS... 

Resenha: Lista bibliográfica de Freud relacionada ao tema “Corpo de mulher”

Ana Paula Sartori Lorenzi

 

 

  Ler Freud sob o prisma do “Corpo de mulher”, tema das próximas Jornadas da EBP-SP, remete inicialmente aos “Estudos sobre a histeria” (1893-1895) e ao“corpo da histeria” apresentado ali, com sua profusão de sintomas. Estes sintomas corporais, conversivos, estruturam-se naquilo que Freud chama de complacência somática, e formam uma ampla lista. Alguns deles são a paralisia, a afasia, a contração, a cegueira, a tussisnervosa,  a caimbra,  a convulsão, o tremor, a perturbação da visão etc. O corpo da histeria, nos primórdios da psicanálise, se manifestava por meio desses diversos sintomas conversivos. LEIA MAIS...

 

DO PANSEXUALISMO AO OUTRO SEXO

Marcelo Veras *

Judith Butler

A partir dos anos 80, começou a ganhar espaço cada vez maior, sobretudo no ambiente universitário americano, a Queer theory. Dentre os diversos e heterogêneos aspectos da sexualidade abordados pela nova corrente, chama atenção a ruptura proposta entre o binarismo masculino/feminino e a abordagem da sexualidade completamente oposta à clássica sentença de que o destino do sexo é a anatomia. Judith Butler é, sem dúvidas, um dos mais conhecidos expoentes. LEIA MAIS...

 

UMA NOVA AMIGA

Maria Cecília Galletti Ferretti *

 

O filme “Uma nova amiga” do diretor François Ozon que estreou há pouco tempo em São Paulo, estando ainda em cartaz, é bastante fecundo para as reflexões que hoje têm lugar na psicanálise lacaniana. Para citar apenas alguns destes temas, podemos salientar: a imagem do corpo, a questão do gênero, as formas através das quais, hoje, é exercida a sexualidade, os lugares de pai e mãe, a amizade entre as mulheres, etc. Há também o tema do crossdresser em relação ao qual podemos encontrar um bom número de textos e pesquisas realizadas por setores da cultura os mais diversos. LEIA MAIS...

 

O CORPO EM DISPERSAO - FRANCESCA WOODMAN *

Bianca Coutinho Dias **

 

Francesca Woodman criou extensa obra fotográfica e produziu, em sua maioria, fotografias em preto e branco nas quais se autorretratava em paisagens diversas: sua casa, jardins, construções abandonadas, florestas. São imagens densas, vertiginosas e que nos fazem viajar por abismos e destroços insondáveis, provocando uma sensação de estranha familiariadade, com sua presença de força indescritível, que atrai e seduz, sem que possamos apreender ou reter aquilo que passa diante dos olhos, que permanece como um vulto poderoso e enigmático, assim como sua vida-curta, intensa e rodeada de enigmas. LEIA MAIS...

 

 

LETRA ENCARNADA

Maria Fátima Pinheiro*

 

Silvia Salman (2011) apresenta em seu depoimento "El mistério del cuerpo que habla”, a experiência da análise como uma experiência de corpo, em que o significante não se encontra remetido somente à estrutura da linguagem mas está, de acordo com o ensino de Lacan, enganchado ao corpo.

 

Em seu testemunho revela que manteve com o seu corpo uma relação de inquietante “estrangeirice”, denotando o que Lacan (1975) situa, a partir de Joyce, que o parlêtre tem um corpo e não é um corpo. Isto indica um afeto que não se reduz a um efeito de sentido, uma vez que o fato de ter um corpo não implica que o sujeito se faça representar por um significante em relação a outro significante. LEIA MAIS...

SOBRE A ARTISTA E A SKIN ...

Paola Salinas*

 

Ariana Page Russell, fotógrafa norte americana, de renome internacional, como podemos ver no site que veicula seu trabalho, fez aparições recentes que incluem o Royal Hibernian Academy, em Dublin; Town Hall Gallery, na Austrália; Adelphi University, em Nova York; e Museu de Arte Contemporânea, na Bolívia.

 

Seu trabalho tem sido veiculado em publicações como Art in America, Huffington Post, Wired, The Atlantic, VISION Magazine: China, e na monografia "Vestir", publicada pela Decode Books. LEIA MAIS...

CORPO DE MULHER*

Por Cristiana Gallo**

 

“Nada de novo sob o sol.”

 

Esta foi a frase de um estudante do curso de Enfermagem da USP-RP ao final do Cinecult1 de 12/08/2015, que teve a exibição do filme Acusados, estrelado por Jodie Foster em 1988. LEIA MAIS...

 

A MULHER FACE AO ESPELHO: NOVAS VIRILIDADES

Maria Josefina Fuentes*

 

A virilidade norme-mâle na mulher

 

Na década de 30, o tema da sexualidade feminina girou em torno da questão se a identificação masculina da menina ao pai seria um obstáculo ou daria acesso à feminilidade. Enquanto Karen Horney e Ernest Jones defendiam uma identificação feminina que repousaria na vinculação inata e direta à mãe, em relação à qual a masculinidade seria uma defesa, Freud e algumas analistas como Hélène Deutsch, insistiam na primazia fálica como a normalidade para ambos os sexos – a norme-mâle, segundo o Witz de Lacan (Lacan, J. “O aturdito”. InOutros escritos. Rio de Janeiro: Zahar, 2003, p. 480.) que evoca onormal (normal) e a norme mâle (norma masculina). LEIA MAIS...

CORPOS LACANIANOS: NOVIDADES LACANIANAS SOBRE O ESTÁDIO DO ESPELHO

Veridiana Maruccio*

 

Marie Hélène Brousse inicia essa conferência dizendo que Lacan sempre se apoiou mais na ciência do seu tempo do que nas referências pertencentes ao mundo psicanalítico, e isso desde 1936, quando ele desenvolve a teoria do estádio do espelho. Nesse momento, ele se apoiava na etologia, na psicologia da criança e na gestalt. LEIA MAIS...

UM CORPO DE MULHER ENTREVISTA SILVIA SALMAN*

Paola Salinas e Cristiana Gallo**

 

Durante o ENAPOL tivemos a grata alegria de conversar com Silvia Salman, e convidá-la a responder algumas questões para o Calidoscópio.

 

O tema Corpo de mulher foi abordado por ela de modo simples e ao mesmo tempo enigmático, remetendo a um texto que teremos o prazer de publicar futuramente.

 

Cristiana Gallo: Considerando um dos eixos de pesquisa da nossa jornada, o corpo de mulher na clínica, o que você poderia nos dizer acerca da construção de um corpo que se conta como mulher ao final da análise? Você entende que o encarnada em sua experiência analítica poderia apontar para uma articulação entre imaginário e real, se pensarmos que esse encarnada articula consistência corpórea ao vivo do corpo?LEIA MAIS...

AS HOMOSSEXUALIDADES FEMININAS:

QUANDO NÃO SE TRATA DE HISTERIA

Cesar Skaf*

 

Em um texto seu que vem sendo muito comentado, Marie-Hélène Brousse, no que tange à pluralidade das homossexualidades femininas, apresenta os dois paradigmas de pesquisa do campo psicanalítico desde Freud: o caso Dora e a jovem homossexual. Se Dora se caracterizou por alguns tropeços na direção do seu tratamento, decorrentes do desconhecimento de Freud das correntes homossexuais mais profundas que precisam ser calculadas no tratamento das histerias, já no caso da jovem homossexual «o solitário» preferiu recusar-lhe a análise. E o fez por considerar estar diante de um caso de perversão. LEIA MAIS...

ANATOMIA

Veridiana Marucio*

 

No intuito de levantar questões que possam conversar com o tema da nossa próxima jornada da EBP-SP, Corpo de Mulher, fui convidada a fazer uma reflexão a respeito do vídeo Atlas élémentaire d'anatomie! (https://www.youtube.com/watch?v=U-jegbXC270&authuser=0).

 

O avanço da ciência e a lógica de consumo da sociedade atual afetam a relação do sujeito com o corpo: o culto à imagem atrela sucesso, felicidade, aceitação a um corpo ideal. Soma-se a isso o discurso publicitário, que promete um corpo perfeito, eterno, jovem. LEIA MAIS...

AS MULHERES E SEUS NOMES: LACAN E O FEMININO

Eduardo Camargo Bueno

 

Em “As mulheres e seus nomes: Lacan e o feminino”, tese de doutoramento de Maria Josefina Sota Fuentes, publicada em livro pela editora Scriptum, encontramos um percurso teórico de Freud a Lacan sobre o enigma do feminino que mostra “a força e relevância da psicanálise” no debate com os outros discursos sobre o feminino, tais como o discurso feminista e o discurso da ciência, que participaram “da retirada das mulheres dos bastidores do campo social”. LEIA MAIS...

SINTOMA E TRANSEXUALISMO

Luiz Gonzaga Sanseverino Junior*

 

Sabemos que o sintoma é uma resposta ao Um do falasser.

 

Um é o encontro do significante com o corpo que, quando traumático, faz acontecimento de corpo, o que influenciará o sujeito ao longo de sua vida, fornecendo a maneira de como será enodado R S I, pela via do quarto nó, isto é, seu modo de funcionar, seu sinthoma. LEIA MAIS...

HOMME/FEMME APRÉS LACAN*

Mônica Bueno de Camargo* *

 

A entrevista consiste em duas perguntas que resultam em um material rico de articulações, apontando para questões essenciais da contemporaneidade.

 

Clotilde Leguil cita diversos estudos e autores, inclusive de literatura, para traçar articulações sobre questões do contemporâneo: a “ditadura do mais de gozar”, a utopia própria de nossa época de se crer livre em relação ao sexual.LEIA MAIS...

 

O SAPO ABRAÇADO À GARRAFA DE CERVEJA: CONVERSA COM O TEXTO DE SLAVOJ ZIZEK – “Quando a sexualidade se torna sinistra”

Eliane Costa Dias

 

No texto When sexuality becomes creepy (ŽIŽEK, Slavoj (2015) Quando a sexualidade se torna sinistra. Lacuna: uma revista de psicanálise, São Paulo, n. 0, p. 10, 2015. Disponível em: http://revistalacuna.com/2015/09/29/quando-a-sexualidade-se-torna-sinistra/), publicado recentemente no número inaugural da Revista Lacuna (mais uma revista de psicanálise online), o filósofo e cientista social Slavoj Zizek afirma: LEIA MAIS...

NOTAS SOBRE IDENTIDADE DE GÊNERO E SEXUAÇÃO

Lucíola Freitas de Macêdo*

 

É certo que a psicanálise se ocupe da sexuação, cujo horizonte não é o das identidades de gênero. A psicanálise de ocupa das relações do sujeito com seus modos de gozo – com o gozo dos corpos que perturba as identidades – e não da anatomia como produtora de normatividades ou da anatomia como uma camisa de força. A experiência do inconsciente é um poderoso solvente para certezas de todo tipo. A lógica da sexuação, para a psicanálise, tende a romper o sentido de categorias genéricas, tais como heterossexual, homossexual, bissexual, transexual, pansexual, etc. Ela tem afinidades com a lógica do não todo e do um por um. Neste campo, não há relação fixa nem direta entre identidades de gênero e modalidades de gozo. LEIA MAIS...

A INVENÇÃO DE UM CORPO LACANIANO

Marie-Hélène Brousse*

 

Fernanda Turbat**:

Freud diz em uma de suas conferências, intitulada Feminilidade1, que o fato de não ter o pênis faz com que a mulher falicise todo o seu corpo. “Na falta do órgão todo o corpo toma seu lugar”. Nesse sentido, Freud propõe que a diferença anatômica tem consequências para a construção do corpo. Você pensa que em algum momento no ensino de Lacan a diferença anatômica traria consequências para a "invenção" do corpo?2

 

Marie-Helene Brousse

Esta é uma questão difícil. Tenho tendência a responder que não. Para esta resposta me apoio no Seminário 5 e no Seminário 6 de Lacan.

No Seminário 5, As formações do Inconsciente3, Lacan faz a diferença entre pênis, o órgão, e o falo, retomando a questão do penisneid.

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FRIDA KAHLO: MAIS ALÉM DO PRÓPRIO SOFRIMENTO

Leny Mrech*

 

A história de Frida Kahlo é atualíssima. Está na crista da onda. Sua exposição, em São Paulo, retrata muitos dos momentos de sua vida extremamente angustiada e infeliz.

Nascida Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderon foi uma grande vanguardista de sua época, sendo feminista antes do próprio feminismo. Seu pai era um fotógrafo famoso - Guillermo Kahlo - e sua mãe, Matilde Calderon y Gonzales, uma mestiça. LEIA MAIS...

PHOENIX

Rejane Tito*

 

Phoenix, do diretor Christian Petzold, filme forte e grave. Narra a história de Nelly, cantora judia que sobrevive a Auschwitz. Com a ajuda de Lene, sua amiga, viaja à Suíça para uma operação de reconstrução do rosto deformado. Em Berlim, reencontra seu marido, trabalhando na boate Phoenix, que não a reconhece, mas, percebendo semelhanças com sua

mulher, propõe-lhe que se passe por Nelly, dada como morta, para receber a herança da família morta na guerra. LEIA MAIS...

CORPOS DE MULHERES VIOLENTADAS

Entrevista concedida por Heloísa Buarque de Almeida*

Eduardo Benedicto**

 

Eduardo Benedicto - Gostaria de começar esta entrevista, a partir do que compartilhamos recentemente, quando debatemos um filme no Cinecult na USP-Ribeirão: como você analisa a transformação da cultura brasileira, se é que houve, e se aconteceu de maneira significativa, considerando a visão da "provocação" por parte da mulher, num caso de abuso sexual e estupro, versus a responsabilidade social e criminal do homem nos dias de hoje? LEIA MAIS...

SANTA TERESA, HOJE1

Cynthia Farias*

 

No encontro entre a arte e a psicanálise é imprescindível recorrer a Lacan para afirmar que a arte sabe, sem a psicanálise, aquilo que a psicanálise ensina2. Principalmente quando o que está por ser dito é o que Lacan definiu como o impossível de dizer: o gozo feminino.

 

Representação máxima desse gozo que excede a norma fálica, Santa Teresa D’Ávila impôs sua experiência mística através dos séculos, como enigma aos que creem e aos que não creem. Impossível não se deixar fascinar pela mulher, empreendedora, escritora e poeta de rara inteligência. LEIA MAIS...

CORPO "FOTO-GRAFADO"

Patricia Badari*

 

Um clik e um sujeito pode ter o corpo fotografado. Mas, também em um clik, pode-se ter o corpo "foto-grafado". O que é um corpo? Seria a imagem ali capturada? Pode-se dizer que aquele é o corpo de uma determinada mulher, por exemplo? Ou, o que ali se foto-grafa?

 

Em 2011, a jovem Emma Holten recebe milhares de mensagens e e-mails com fotos suas.

 

“Uma foto: eu, nua, no quarto escuro do meu ex-namorado. Dezessete anos, um pouco esquisita, ligeiramente curvada para frente: uma tentativa inofensiva de parecer sexy. LEIA MAIS...

CORPO DE MULHER, UMA INTERPRETAÇÃO DA HISTERIA

Carmen Silvia Cervelatti*

 

Em seus Estudos sobre a Histeria, Freud demonstra, em todo frescor de suas primeiras descobertas, o poder da incidência da palavra na sexualidade, nos corpos que falam. As histéricas falam, falam... Também as mulheres: elas não sabem o que dizem!, disse Lacan. Freud descobriu o inconsciente colocando-se como parceiro da histérica, ao interpretar a sua fala. Lacan deu estatuto de discurso a este quadro clínico: um sintoma que se articula e se endereça a um significante que interpreta os vários sentidos deste sintoma ($ --> S1), produzindo o saber inconsciente, tendo o objeto no lugar da verdade. Sabemos que Lacan introduziu o dispositivo analítico enquanto histerização; a histeria, neste contexto, revela o inconsciente. LEIA MAIS...

ORLAN: UM NOME, UMA OBRA PARA UMA SINGULAR EXPERIÊNCIA CORPORAL

Blanca Musachi*

“Não a decifrei. Mas ela também não me decifrou”C.L.**

 

Nascida na França, em 1947, Mireille Suzanne Francette Porte, ORLAN é uma artista multimidiática mundialmente conhecida e reconhecida pelas audazes performances cirúrgicas realizadas em seu corpo e em algumas ocasiões transmitidas ao vivo via satélite para galerias e  museus. S’habiller de sa propre nudité (nome de uma obra de 1976) propõe o que experimenta no corpo: a dissolução dos limites entre o dentro e o fora, entre o público e o privado, tema transversal em toda sua carreira artística. LEIA MAIS...

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“O que a Psicanálise sabe das mulheres como gênero”

de Marie Hélène Brousse

Comentário de texto : Cássia M. R. Guardado

 

A autora pretende, nesse texto, destacar “algumas luzes que a Psicanálise pode lançar sobre a discriminação sofrida pelas mulheres”. Ressalta que a contribuição da Psicanálise para a causa das mulheres consiste em lhes “oferecer a palavra, escutá-las testemunhar, uma por uma, em sua diversidade, suas dificuldades com o feminino”, não se pretendendo, em nenhum caso, formular enunciados normativos sobre os desejos que as impulsionam, ou os conflitos que as dividem. Mas, pode mobilizar o funcionamento psíquico necessário para encontrar soluções capazes de satisfazer os sujeitos. LEIA MAIS...

prio texto e editar-me. Sou um ótimo lugar para você contar sua história e para que seus visitantes saibam um pouco mais sobre você.

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